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Évora, Cidade de Cultura

Os povos e as culturas que, em quase cinquenta mil anos de história, fizeram de Évora uma cidade plena, vibrante e fervilhante, são a sua mais preciosa herança. Uma herança viva, feita de um património arquitetónico e cultural ímpares, que se constrói todos os dias, com tradições, memórias e com vivências do hoje e do que se deseja para o amanhã.

A identidade da cidade é, antes de mais, e sempre foi uma identidade cultural. Évora sabe receber, partilhar o que tem dentro e acolher o que é trazido de fora pelo outro. Respeita o que vem do exterior, harmonizando essa colheita com as suas raízes e saberes. Num ambiente de paz, democracia, liberdade e tolerância, tão propício à criação artística.

Este modo de viver, de sentir e de estar, faz da cidade um berço de cultura. Uma cultura abrangente e sem freios. O conhecimento, o pensamento e a arte sempre tiveram um lugar e um entendimento especial em Évora, ao longo dos séculos. Na atualidade, esse lugar e esse entendimento são enaltecidos, uma vez mais, com uma clara opção da Câmara Municipal de Évora de revitalizar a programação cultural da cidade, com festivais e ciclos das mais variadas artes, e com a expressa a intenção, em 2019, de candidatar Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027

Évora mereceu em 1986 a inscrição na lista do património mundial da UNESCO, e essa distinção continua a ter hoje hoje um papel central e a constituir um desafio para uma gestão cultural da cidade centrada nas pessoas, nos valores humanistas, na defesa do direito à cidade e à cultura. Esta entendida como o pilar essencial do desenvolvimento da cidade e região.

Mas, chegar a uma Cidade de Cultura é um processo participado, que implica envolver todas as forças criativas, sem restrições ou tutelas e deixando livre o caminho para a crítica e a interrogação.

No alicerçar da candidatura de Évora a Capital Europeia da Cultura em 2027 surgem, igualmente, um conjunto questões, como:

Pode o confronto inesperado com as artes, e com as artes na rua, contribuir para a transformação dos espaços em espaços públicos, comuns?; Podem as expressões artísticas, transportadas para o espaço público, converter-se em artes sociais, artes públicas?; E, mediando a relação entre o espaço, os indivíduos e o património, as artes reforçam as relações identitárias, pela integração social, pela promoção ativa da cidadania, pela construção de lugares de vida?

A Câmara Municipal de Évora promove este debate oferecendo à cidade iniciativas como o Festival de Artes Públicas Artes à Rua, em 2020 com data marcada para 24 de julho a 3 de setembro.